sábado, 29 de outubro de 2011

São João da Talha: PSP impede enterro de homem de 91 anos

«A PSP de Loures impediu este sábado uma família de enterrar um homem de 91 anos, solicitando que o corpo fosse autopsiado, apesar de a certidão de óbito declarar que a morte ocorreu por causas naturais.

"Este é um caso único em Portugal. Está tudo dentro da lei e ficou comprovado que o senhor morreu de causas naturais. Tendo a certidão de óbito seria normal passarem a guia de enterro", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL), Nuno Monteiro.

A carrinha funerária com o corpo de Manuel Pereira, falecido na sexta-feira num lar em São João da Talha, Loures, esteve até meio da tarde de hoje parada junto à esquadra da PSP local que se recusou passar uma autorização para a realização do funeral.

Nuno Monteiro explicou que aos dias de semana a guia de enterro é passada pelas conservatórias, mas ao fim de semana, como estão fechadas, essa responsabilidade é das autoridades policiais da zona onde ocorre o óbito.

Em vez de passar a guia de enterro, a PSP de São João da Talha decidiu comunicar o caso ao Ministério Público de Loures que ordenou que o corpo teria de ser transportado para o Instituto de Medicina Legal de Lisboa para ser autopsiado.

A decisão causou estupefacção aos familiares do morto e ao médico que passou a certidão de óbito, que criticou a atitude da PSP.

"Tenho muitos anos disto e nunca vi uma coisa parecida. Eu fiz o acompanhamento do senhor Manuel e pude atestar que morreu de uma pancreatite. Não havia necessidade de estarem a pôr isso em causa e a causar mais dor à família", afirmou o médico Martins Carvalho.

Já Alexandra Leiria, neta de Manuel Pereira, disse à Lusa que o seu avô teve neste último ano vários problemas de saúde, nomeadamente três AVC (Acidente vascular cerebral) e que a morte foi "absolutamente" normal.

"O meu avô chegou a estar internado um mês no hospital Curry Cabral. Na altura os médicos deram poucas esperanças uma vez que tinha um prognóstico muito reservado. Apesar disso ainda viveu durante mais três meses do que o previsto", contou.

Por seu turno, o subcomissário Morgado da PSP de Loures, assegurou à Lusa que o procedimento que as autoridades adoptaram para este caso é absolutamente normal e que não consegue perceber a revolta da família.

"Isto é um processo que é sempre decidido por várias autoridades. Nós limitamo-nos a seguir os procedimentos naturais", justificou.

No entanto, esse não é o entendimento do presidente da ANEL que explicou que a polícia só se pode recusar a passar a guia de enterro se houver suspeita de crime ou se na certidão de óbito constar morte desconhecida.

"Morte desconhecida não foi e suspeita de crime também não nos parece porque senão não nos diziam que era um procedimento normal. Só podemos concluir que houve um erro da polícia e agora não querem assumir", considerou Nuno Monteiro.

Entretanto, a família decidiu que vai interpor uma queixa contra dois agentes da PSP da esquadra de São João da Talha.»



in JN online, 29-10-2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sacavém: Polícia Judiciária detém jovens que roubaram e agrediram mulheres


«A Polícia Judiciária de Lisboa deteve dois jovens, de 17 e 18 anos, por roubarem e agredirem duas mulheres na rua no passado mês de Setembro em Sacavém.

Os detidos abordaram, agrediram e ameaçaram com uma arma de fogo as duas mulheres, roubando-lhes várias peças de ouro e uma das vítimas necessitou de tratamento médico de emergência.


A PJ localizou e deteve na passada terça-feira os homens, que tinham antecedentes criminais pelos mesmos crimes.


Os jovens serão presentes a interrogatório judicial para aplicação de medidas de coacção.»



in CM online, 26-10-2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Loures: Homem detido pela Polícia Judiciária por suspeita de violação da filha de 19 anos

«A Polícia Judiciária anunciou, esta quarta-feira, a detenção, na zona de Loures, de um homem de 59 anos fortemente indiciado por violação agravada da própria filha, de 19 anos.

O caso está em investigação pela Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, da PJ, e o detido, trabalhador da construção civil, que vai ser ouvido em interrogatório judicial, esta quarta-feira, está indiciado por crimes de violação agravada, importunação sexual e ofensas à integridade física qualificada.

Os crimes ocorreram na zona de Loures, refere a PJ, adiantando que a importunação sexual à filha vinha a ser cometida de forma continuada pelo arguido há cerca de dois anos.»



in JN online, 26-10-2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Santo Antão do Tojal: O "rei" voltou à rua


A apenas uma dúzia de quilómetros da capital, há uma aldeia que se orgulha do seu rico património do século XVIII, mandado construir pelo primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida.




Em Santo Antão do Tojal, no município de Loures, a população faz questão de dar a conhecer aos forasteiros as memórias de tempos grandiosos.

Ano após ano, o ritual repete-se. Os moradores saem à rua para encarnar o povo, a nobreza e o clero da época numa reconstituição histórica que atrai milhares de pessoas.

Neste fim-de-semana, mais de 200 figurantes impecavelmente trajados desfilaram pelas ruas da povoação, recriando a bênção dos sinos que seguiriam para o Convento de Mafra - um episódio imortalizado no "Memorial do Convento" de José Saramago.

Na Praça Monumental, onde se situa um conjunto de património barroco classificado, como a Igreja Matriz, o Palácio dos Arcebispos e a Fonte Monumental, D. João V e a rainha assistiram à cerimónia, convenientemente afastados do povo que, ainda assim, não poupou gritos de "Viva El-Rei!"

A festa incluiu danças palacianas, zaragatas entre alcoviteiras e duelos de espadachins, além de um churrasco popular e um espectáculo de fogo preso.

Os visitantes puderam ainda comprar petiscos e outros produtos nas habituais barraquinhas.


in JN online, 03-10-2011