quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Papa Bento XVI fez em português uma saudação especial a peregrinos do Catujal e Unhos que o visitaram na sua residência de Verão em Castel Gandolfo



«Bento XVI manifestou-se contra o relativismo e a superficialidade na sociedade actual, apelando ao exemplo de Santo Agostinho (354-430) para convidar à busca da “Verdade”.

“É paradoxal que na nossa época se indique o relativismo como uma verdade que há-de guiar opções e comportamentos", indicou o Papa na audiência pública desta Quarta-feira, em Castel Gandolfo, arredores de Roma.

Para Bento XVI, Santo Agostinho foi “um homem que nunca viveu com superficialidade” nem procurou a “pseudoverdade incapaz de dar paz duradoura a o coração”, mas “a Verdade que da sentido à existência”.

Perante cerca de quatro mil pessoas, o Papa aludiu à busca do sentido da vida que, segundo ele, é excluída de várias expressões da cultura dos nossos dias.

"Na sua inquieta busca - prosseguiu - Santo Agostinho compreendeu que não era ele a encontrar a Verdade, mas que era a própria Verdade em pessoa - Deus - a procurá-lo e a encontrá-lo".

Bento XVI precisou que, neste caminho, é fundamental o silêncio: “Por vezes existe uma espécie de medo do silêncio, do recolhimento, um receio de pensar nas próprias acções, no sentido profundo da vida".

"Muitas vezes prefere-se viver só o momento passageiro, na ilusão de que este traga uma felicidade duradoura. Prefere-se viver com superficialidade, por que parece que a vida é mais fácil assim, sem pensar”, lamentou.

O Papa falou também a “quem se encontra num momento de dificuldade no seu caminho de fé, ou que pouco participa na vida da Igreja, ou vive como se Deus não existisse”.

“A todos peço que não tenham medo da verdade, que nunca interrompam o caminho em direcção a ela, que nunca deixem de procurar a verdade profunda sobre nós mesmos e sobre as coisas, com o olhar interior do coração", apontou.

Bento XVI convidou todos a “conhecer melhor os santo”, referindo que ele próprio está ligado a algumas figuras de santos, “nomeadamente São José e São Bento, e também Santo Agostinho, que tive ocasião de conhecer mais de perto através do estudo e da oração e que se tornou de certo modo meu companheiro de viagem na minha vida e ministério".

Em português, o Papa falou aos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal: “A minha saudação amiga para todos vós, em especial para os grupos paroquiais de Unhos, Catujal e Viseu. Recordamos nestes dias Santo Agostinho e sua mãe, Santa Mónica, testemunhas de como Jesus Cristo Se deixa encontrar por quantos O procuram. E, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz”.»




Texto in http://www.agencia.ecclesia.pt/ 25-8-2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Parque Temático de Energias Renováveis (PTER): Crianças aprendem tudo sobre energias renováveis




Visitar um moinho, aprender como funcionam os painéis solares ou observar uma mini-barragem em funcionamento. Estas são algumas das experiências proporcionadas pelo Parque Temático de Energias Renováveis, em Loures, que faz sucesso entre as crianças.

Após uma breve introdução sobre energias renováveis, a guia Odete Lourenço, mostra às 11 crianças, inscritas num programa de ocupação de tempos livres da Câmara de Loures, como funcionam os painéis solares térmicos que asseguram toda a água quente utilizada nos balneários do Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, onde se situa o PTER.

Segue-se uma visita a um moinho pequeno mas funcional, suficiente para que os visitantes aprendam como se aproveita a força do vento para fazer farinha. Os pequenos têm ainda a oportunidade de perceber como trabalha um aerogerador, numa versão em miniatura das enormes estruturas que marcam a paisagem daquela zona.

O ponto alto da visita é a mini-hídrica. Ao levantar da comporta, a água desce até uma nora, onde se produz electricidade. Ou produziria, caso o sistema estivesse a funcionar em pleno, mas, como explicam os responsáveis pelo parque, este primeiro ano de vida tem sido marcado pelo constante aperfeiçoamento do circuito.

Ana Dias, guia do espaço, explica que o parque já foi visitado por dezenas de famílias, por quase todas as escolas do concelho e por muitos outros estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa e mesmo de outras regiões, do Norte ao Algarve.

Sofia, 9 anos, esteve no PTER em 2009 mas só ontem teve oportunidade de entrar. ?Nunca tinha visto um moinho com os meus próprios olhos e não sabia que o moleiro tinha de rodar o capelo para apanhar o vento?, explica.

Já o Frederico de 11 anos, desta vez (a sua quarta), gostou de ver a mini-hídrica em funcionamento e até põe a hipótese de vir a ser engenheiro. Em sua casa, as preocupações ambientais são uma realidade. “Às vezes vou só dizer alguma coisa à minha mãe e depois volto à sala. O meu irmão, que tem sete anos e também veio cá, já desligou tudo e reclama comigo”, conta Frederico.
Texto in JN online, 16-8-2010
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