quinta-feira, 28 de abril de 2011

Camarate: Moradores do Bairro da Torre em protesto


«Moradores do bairro de barracas da Torre, em Loures, que se encontra em processo de demolição, concentram-se hoje à noite em frente ao edifício da assembleia municipal para reivindicar novas habitações.

O bairro da freguesia de Camarate encontra-se em processo de demolição desde Março, altura em que foi ordenada pela Câmara Municipal de Loures a desocupação das casas, disse à Lusa a vereadora com o pelouro da Coesão Social e Habitação, Sónia Paixão.

As demolições estão a motivar protestos de moradores e associações de imigrantes, que alertam para o facto de a decisão da autarquia implicar que 63 famílias, que não estão abrangidas pelo Plano Especial de Realojamento (PER), fiquem sem alternativa habitacional.

Alguns moradores do bairro vão aproveitar a sessão da assembleia municipal, que se realiza esta noite, para tentar sensibilizar a autarquia para o problema.

"São mulheres, crianças e idosos, alguns com problemas de saúde, que ficam de um momento para o outro sem casa e são atiradas para a rua de uma forma desumana, o que no nosso entender representa um atentando à dignidade da pessoa humana", disse Rita Silva, da Associação Solidariedade Imigrante (ASI), que tem acompanhado os moradores nas suas reivindicações. O Bairro da Torre situa-se na freguesia de Camarate, em terrenos contíguos ao Aeroporto Militar de Figo Maduro e do Aeroporto Internacional de Lisboa, e nele habitavam cerca de 1.500 pessoas.»


in CM online, 28-4-2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Camarate: Cabeleireira degolada em vivenda


«Mulher de 64 anos esfaqueada até à morte no pescoço e abdómen.


- José Almeida, alarmado, entrou na casa com outras vizinhas do bairro -



José Almeida e duas vizinhas já tinham um mau pressentimento assim que decidiram entrar na vivenda Alves, pelas 22h00 de anteontem, em Camarate, Loures. Os estores estavam abertos à noite, o que "nunca acontecia", e a proprietária não atendia os telefones. Armado com um pau, com receio de encontrar um ladrão, José entrou na casa pé ante pé, deparando-se com um cenário macabro. Maria Gurgel, cabeleireira de 64 anos, estava morta, envolta numa poça de sangue. Tinha sido esfaqueada na zona da barriga e degolada cirurgicamente.

O caso está entregue à Secção de Homicídios da Judiciária de Lisboa, que já terá afastado a hipótese de roubo como móbil do crime: de casa da vítima, uma vivenda onde vivia sozinha na rua das Flores, no Bairro da Bogalheira, em Camarate, nada foi levado, apurou ontem o CM.

O alerta foi dado pela vizinha da frente, que estranhou o facto de Maria Gurgel ter os estores da sala completamente abertos àquela hora. E não atendia os dois telefones. Alertou outra moradora, que era mais próxima da cabeleireira e até tinha a sua chave de casa. Assustadas, pediram a José Almeida para as acompanhar.

"Desconfiámos de que estaria a acontecer algo e levei comigo um pau. Fomos até lá e abrimos a porta, empurrei-a com o pau. Dei apenas uns passos até que vi a ‘Mariazinha’ [como era conhecida a vítima] deitada no chão da cozinha, virada para cima. Tinha imenso sangue na barriga e apresentava marcas no pescoço. Saímos logo dali e chamámos a polícia", contou José.

ANTES DO CRIME FOI AO CAFÉ COM A VIZINHA

Na estreita rua das Flores ninguém se apercebeu de pessoas estranhas no dia do homicídio, segunda-feira à noite. Sabe-se, no entanto, que o crime só pode ter ocorrido num período de tempo de quatro horas. "Uma das vizinhas tinha ido tomar café com a ‘Mariazinha’ às 17h00 e, depois de acabarem, foi cada uma para casa", disse ontem ao CM José Almeida. "Nós entrámos na casa pelas 22h00 e depois, segundo nos disseram, o corpo dela já estava frio, pelo que terá morrido algum tempo antes". Perante o cenário, foram chamados os bombeiros e a PSP de Camarate. Dada a natureza do crime, inspectores da PJ estiveram no local a recolher indícios durante a noite e já na manhã de ontem. Só pelas 04h30 da madrugada de ontem o corpo da cabeleireira foi retirado da casa pelas autoridades.»



in CM online, 27-4-2011

domingo, 10 de abril de 2011

Buraco misterioso em telhado de vivenda no Catujal - “O avião passou e vi algo a cair”

O buraco de três metros quadrados que apareceu anteontem no telhado de uma casa no Catujal, em Unhos (Loures), no momento em que um avião comercial passava por cima da habitação, permanece um mistério. Vários moradores asseguraram ao CM que viram um objecto a cair, mas não há qualquer registo oficial de algum incidente com aeronaves.


- Telhas voaram e ficaram espalhadas pelos pátios das casas vizinhas -


"Quando o avião ia a passar vi um objecto a cair do céu e ouvi um estrondo enorme. Ainda vi as telhas a saltar", contou ao CM Helena Balsa, que mora em frente da vivenda onde ocorreu o incidente, na rua Pedro Soares. A mesma moradora, que estava na varanda com a mãe, que também presenciou tudo, refere que reparou que era "um avião com quatro motores, sem ser da TAP, e que ia aterrar". Eram 19h50.

O CM entrou na casa (que não está habitada) com os proprietários e verificou que nada havia no local. "Voltei hoje [ontem] lá e nada", assegura César Augusto.

Tanto a ANA (entidade que gere o aeroporto) como o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves não têm registos de algum incidente. O director, tenente-coronel Fernando Reis, explicou que a hipótese de se tratar de algum pedaço de gelo no trem de aterragem "é muito pouco provável". E se o avião tivesse voado a uma altitude anormal "haveria registos e não há", disse.

 
in CM online, 09-4-2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Apelação: Menina violada quando saiu da escola

«Tinha sido mais um dia normal de aulas para Tânia (nome fictício), que voltava para casa por um atalho, na Apelação, em Loures. Mas aquela tarde de quinta-feira, 31 de Março, acabaria em terror para a rapariga de 12 anos. No caminho, um rapaz de 20 anos abordou-a com a intenção de a roubar. Como Tânia não trazia nem telemóvel nem dinheiro, o ladrão violou-a.

O agressor, que acabou por ser detido anteontem pela Polícia Judiciária, tem já um largo cadastro por roubos e furtos, mas nunca terá cumprido pena de prisão, nem são conhecidos outros ataques de cariz sexual segundo o CM apurou junto de fonte policial.

Ao que tudo indica, o objectivo inicial era roubar a criança, como já tinha feito anteriormente com outras vítimas. Mas como Tânia não tinha quaisquer bens de valor, acabou por arrastá-la para o interior do caminho, onde a sequestrou cerca de uma hora e a violou, sempre sob ameaça de uma faca. O rapaz fugiu depois, mas a Secção de Crimes Sexuais da Polícia Judiciária acabou por encontrá-lo perto da residência, também na zona de Loures, onde foi detido. O agressor, desempregado, agiu sozinho e não conhecia a vítima.

Ouvido por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Loures, saiu em liberdade com obrigação de se apresentar periodicamente numa esquadra da PSP da zona de residência e proibição de contactar com a vítima.»


in CM online, 08-4-2011