quarta-feira, 27 de julho de 2011

Azulejos da Fábrica de Loiça de Sacavém em exposição no Museu de Aveiro


Museu de Aveiro reúne mostra única de azulejos Arte Nova



«Reúne mais de cem painéis produzidos pelas mais importantes fábricas nacionais e internacionais, entre as quais a Fábrica de Sacavém, da Fonte Nova e de Caldas da Rainha. «A Arte Nova nos Azulejos em Portugal - Colecção Feliciano David e Graciete Rodrigues», leva até ao público pela primeira vez, uma extensa colecção de exemplares da temática Arte Nova na azulejaria portuguesa. Para ver, até 2 de Setembro, no Museu de Aveiro…

A exposição única de azulejos em estilo Arte Nova produzidos entre 1900 e 1920, está patente no Museu de Aveiro, e reúne exemplares de criação nacional e ainda estrangeiros. São mais de cem obras produzidas nas fábricas de Sacavém, Fonte Nova, Devezas, Carvalhinho, Lusitânia, Constância e Caldas da Rainha, que dão a conhecer pela primeira vez um núcleo significativo de azulejaria Arte Nova.

«A Arte Nova nos Azulejos em Portugal - Colecção Feliciano David e Graciete Rodrigues» leva até ao público, no Museu de Aveiro, uma extensa e sistemática colecção de azulejaria nacional e internacional de temática Arte Nova, cuidadosamente reunida ao longo dos anos por Feliciano David e por Graciete Rodrigues.

O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro considera que esta exposição “constitui para Aveiro motivo de indisfarçável alegria ser sede da primeira exposição da colecção de azulejaria Arte Nova em Portugal, reunida por Feliciano David e por Graciete Rodrigues”.

“Temos enorme gosto em acrescentar esta magnífica mostra ao trabalho estratégico que o município de Aveiro vem desenvolvendo na preservação e divulgação da Arte Nova, dispondo dos recursos locais e, também, em rede com outras localidades europeias que partilham a ambição de proteger e difundir o legado estético, físico, simbólico e histórico presente nesta concepção artística”, afirmou Élio Maia numa nota divulgada pela autarquia.

A exposição é comissariada pelos especialistas em azulejaria António José de Barros Veloso e Isabel Almasqué, que assinam também os textos do catálogo, e conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Loures, através do Museu de Cerâmica de Sacavém, onde futuramente também estará patente. Em declarações à Lusa, António Barros Veloso sublinhou “o carácter único da mostra, cujo período artístico representado (1900-1920) não está sequer contemplado no Museu Nacional do Azulejo com esta amplitude”.

O comissário referiu que a Arte Nova não teve “grande receptividade em Portugal, nomeadamente pelos arquitectos, num período em que imperavam nomes como Norte Júnior, Ventura Terra e, mais tarde, Raul Lino, e por outro lado havia ainda uma grande influência revivalista do ceramista Jorge Colaço”, responsável entre outros pelo revestimentos como o interior da estação ferroviária de S. Bento, exterior da igreja de santo Ildefonso, ambas no Porto, ou do Palácio do Buçaco.

A exposição divide-se em cinco núcleos: «O que é e como apareceu a Arte Nova», «Os motivos figurativos da Arte Nova», «As fábricas nacionais», «A integração na arquitectura exterior e de interior» e «Fábricas estrangeiras e a sua expressão em Portugal». «A Arte Nova nos Azulejos em Portugal - Colecção Feliciano David e Graciete Rodrigues» poderá ser visitada até ao dia 2 de Setembro, de 2ª a 6ª, das 10hàs 13h horas e das 14h às 17h30.

O preço de entrada é de 1 euro por pessoa. As crianças até aos 12 anos e seniores não pagam.»



(26-7-2011)


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